sábado, 12 de março de 2011

Na sua ausência.




Hoje sem esperar por visita, a campainha soou.


Era a saudade de mala e cunha, determinada a ficar


Me entregou uma licença com seu nome e foi entrando e veja só, já até se alojo.


Jogou as malas no canto e pendurou seu casaco com sua cartola atrás da porta.


já parece ser de casa, abre a geladeira e toma minha coca-cola sem usar copo.


Com os pés sobre o sofá, muda a TV de canal, me impede de ver o jogo pra assistir novela.


Demora no chuveiro e usa minha toalha.


Está dividindo a mesma cama comigo, de madrugada fico com frio por que


a saudade puxa todo o coberto e ainda ronca.


Acordo e lá está ela, lendo meu jornal e tomando café na minha xícara...


Amor não vejo a hora de você voltar para poder dizer que não há mais lugar para ela


E despachá-la pra bem longe de mim


Dar fim a este incômodo que apesar de tudo, é bem vinda na sua ausência.

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